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quinta-feira, 31 de maio de 2012

It's my day off


Hoje andei sempre com roupa de casa. Sempre. Um trapito que se julga vestido, azul, que serve para ir para a praia. E havaianas amarelas nos pés que fica mesmo a condizer!
Ontem tive um dia em cheio. Resolvi calçar umas sandalinhas novas que comprara no dia anterior. Rasinhas, mas lindas de morrer,com uns apliques dourados que lhe dão uma graça  descomunal. E pus vestido pela primeira vez este ano. Foi, resolvi pôr o pernil à mostra. E lá fui eu de vestido fresquinho preto, que com um vestido preto eu nunca me comprometo, e uns acessórios dourados para fazer pandant com a sandália. Apesar de rasos, o conjunto ficava interessante, clean e elegante. Mesmo com a perna ainda meio deslavada.
Mas (sim, há um mas!), a sandália era nova, o pé ainda anda a habituar-se ao calor e deve ter ficado feliz à laia de free willie e vai de se soltar. E era eu nas consultas a sentir o belíssimo aplique dourado a impedir as regueifas do pé de se soltarem, e a sentir aperto, e a comichão a chegar porque (esquecera-me!) a menina aqui não vai cá de pechisbeque e é fina só aceitando metais preciosos no contacto com a sua sensível pele. 
Não ia tirar a sandália que parecia mal, certo? Pois, mas teve de ser e por baixo da secretária ninguém vê. Isso correu bem enquanto eram só adolescentes e as suas crises existenciais, que ficam paradinhos na sua cadeira a partilhar a sua angústia identitária. Só que depois chega o terrorista M. E já não dá para ficar elegantemente alapada! Então, a moça aqui não vai de modas, vai descalça. M. olha para mim e, como é uma criança, pergunta: "Porque estás descalça?". E eu: "porque hoje vamos imaginar a nossa brincadeira na praia!" E lá me sentei confortavelmente no chão a brincar com o M. que se esqueceu que "estávamos" na praia e imaginou-se numa escola, mas também não ligou mais ao meu pé descalço e ferido.
Ainda podia dizer muita coisa acerca da minha viagem de ida e da minha viagem de volta a Felgueiras e a permanência lá na terra durante uma hora e meia, só com adultos. Mas é melhor ficar em aberto para exercitarem a vossa imaginação!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Efeméride

Pela primeira vez na minha vida de contribuinte fiscal irei receber qualquer coisita.
Também deve ser a última.
Por isso é festejar esse dinheirito gastando-o com... o seguro do carro.

10 coisas boas da minha "nova vida"

1. tenho tempo para resolver questões relacionadas com serviços públicos
2. tenho quase sempre a possibilidade de um ou outro "furo" ao meio da semana (nesta será amanhã)
3. poder não trabalhar ao fim-de-semana porque tenho os restantes cinco todos disponíveis
4. alinhar o meu próprio horário, apesar de algumas contingências externas que não controlo (a preferência por horários pós-laborais)
5. vou às compras durante a manhã quando os produtos são frescos, o povão é pouco e existe estacionamento para dar e vender
6. posso almoçar com amigos, nem que seja de fugida porque eles têm de voltar para o "emprego"
7. vem aí o verão e a praia de manhã tem pouca gente, evito as horas horribilis da exposição solar e não fico com o ar "amarelecido" que todos os anos tenho enquanto não faço pelo menos uma semana de férias de praia
8. como trabalho em vários locais, alguns fora do Porto, conheço novos sítios, novas pessoas, novas realidades... e novas estradas
9. não me preocupo com estatísticas, com redução de tempo de consulta ou com a mais provável inviabilização de um sem número de projectos porque ninguém me coarcta o trabalho e a realização
10. posso dormir um pouco mais de manhã :)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O que se tem de tolerar quando se casa por amor #1



Nem nos meus piores pesadelos imaginei passar por tal. Levar com a revista do Benfica ali mesmo aos pés da cama. Já sei porque hoje não dormi bem!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Nota mental: sempre que me queixar do trânsito do Porto, lembrar-me da fila interminável da A5 em direcção a Lisboa ainda há pouco.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Despertador: como assassinar uma música, segundo Mr Mesmico

Acordei literalmente a meio de um sonho.
Já não me acontecia isto há um bom tempo. Mas o despertador tocou, primeiro ainda o integrei no sonho, mas depois a persistência do toque trouxe-me para a vigília.
Desde que tenho este tlm que acordo com músicas. Ou melhor, que tenho o despertador programado com músicas. Durante muito tempo usei o Yumeji's theme do filme do Wong War Wai "In the mood for love". Por insistência de Mr Mesmico (que já não podia ouvir a música e estava condicionado ao ponto de a detestar porque a associava à gaita do toque de alvorada na tropa) alterei-a. 
Agora todos os dias começam em festa, com La Fête de Rodrigo Leão, numa música que postei aí um dia destes! E ficará esta até Mr. Mesmico a associar a pesadelo e lhe dar um sentido funesto.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Short Message Service #42

Intervalo na lufa-lufa só para dizer que eu já tenho idade para saber que café depois das 18h é noite de S. João. 
Eram duas da manhã  e eu ainda tinha vontade de ir para um rodeo saltar em cima de uma vaca louca.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A semana em contagem decrescente...

10... ir levar sopinha e mação cozida à avozinha e não ser o capuchinho vermelho
9.....consultas a tarde toda (weeeeeee)
8.... reunião nocturna sem hora para terminar (ainda coisas de trabalho)
7.... relatórios em dia, troca de mails por causa de alguns meninos da consulta, levantar cartão do cidadão com o novo nome de casada
6.... almoço de aniversário com melhor amiga
5.... fazer o IRS, depois de nova morada activada
4... consultas a partir do meio da tarde (weeeeeeeeeee)
3... fazer mala, organizar coisas em casa, tratar de pagamento de seguro do carro
2... nova tarde cheiinha de consultas até à noite (weeeeeeeeeeeee again)
1... Arrancar para Lissabon na quinta da manhã e por lá ficar até ao fim-de-semana, entre congresso e visita à sogra.


Ufa! :)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Short Message Service #41

Hoje não me apeteceu esticar as melenas. Ou seja, o cabelo está intratável dentro do seu melhor ar curly.
Para dar com a coisa lembrei-me que a indumentária podia ser o hippie chic.
E depois vejo a temperatura que está e que não posso usar a sandalinha rasa.
Já não o posso esticar. Lá o vou prender e lá vão as sabrinas para os pés.

Agora, agora #6

Vou de metro trabalhar para não perder os últimos capítulos do livro.
Com a ida, com a volta, com a transição de linhas, deve dar para acabar. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

PlayList #29



Adoro. Poetinha :)

Ainda o livro que ando a ler...

Para além de perceber muito bem os meandros que levaram à I Grande Guerra, estou a perceber todo o processo da Revolução Bolchevique, a chegada, desde o exílio, de Lenine e Trotsky, os primeiros surgimentos do Estaline, o que era a Rússia imperial do Czar.
E só penso que o povo russo teve sempre um azar do caraças, perdoem-me a expressão. Historicamente falando, claro, que não conheço sociologicamente o povo para fazer outro tipo de leituras.
E digo um azar do caraças porque eles foram tentando, de facto, ser livres.
Parece que só há dois tipos de russos: os dominadores (alguns) e os dominados (milhões). Esta dicotomia, obviamente que dá ao poder terreno fértil, mas é o que a história foi demonstrando. E esta leitura deve ser tão injusta para esse povo...

A voz às crianças #8

(...)
Eu: e o que é isso de ser uma psicóloga?
M.: é para ajudar os meninos que se portam mal.
Eu: Humm... Ai sim? E o que é isso de portar mal, explica-me lá...
M.: .../pensativo/... isso já tens de perguntar à mamã... 
Eu: E tu não sabes responder-me?
M.: Não. Pergunta-lhe que ela sabe... ainda hoje estava a falar com a minha professora sobre isso de eu portar-me mal.

M., sexo masculino
7 anos

segunda-feira, 14 de maio de 2012

I am a lucky girl



Desde que passei a abençoar e agradecer tudo o que tenho, em vez de me queixar dos "atrasos" do Ministério da Saúde, da injustiça da minha actual situação, do quão melhor sou profissionalmente (e mais habilitada) do que os que ficaram onde estava, que me sinto melhor. E feliz. E abençoada pela vida que tenho.
Ok, não tenho emprego fixo. Mas tenho trabalho.
Ok, nunca é propriamente certo ao fim do mês. Mas nunca tem faltado e com tendência mensal a aumentar e daqui a nada a superar o rendimento mensal anterior.
Ok que não tenho horas certas. Mas tenho o horário que posso conjugado com o que os outros podem.
No fundo sou uma sortuda e disso me tenho apercebido.
Apesar de condenar as frases do PPC acerca do desemprego porque um primeiro-ministro não pode demonstrar aquela total insensibilidade face ao povo do país que governa, a verdade é que as oportunidades têm surgido. 
Não me fiz ao subsídio de desemprego, acreditando que mais mês, menos mês estaria a receber mais do que o próprio do desemprego.
Não enveredei por esquemas paralelos de passar recibos em nome de outrém (ou não os passar de todo e fazer as consultas mais baratas como muito bom nome nesta praça) e ganhar pelos "dois lados" (subsídio desemprego + trabalho independente), porque sou uma cidadã consciente que abomina economias paralelas.
Agora estou a ser recompensada.
Não, o contrato não veio e nem sei se algum dia virá, honestamente.
Mas sinto-me bem, sou feliz, faço as coisas de que gosto, tenho um marido extremamente generoso a todos os níveis, estou a crescer como pessoa, os meus amigos verdadeiros continuam a andar por aqui, o meu trabalho é muito mais reconhecido por quem verdadeiramente interessa (quem vai à consulta e quem referencia quem vai à consulta).
Acho que isto é ser feliz. 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Vivendo e aprendendo #1

Ao fim de tantos anos perceber finalmente a Primeira Grande Guerra e como raios a morte de um príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro numa terra de nome esquisito (agora não é porque entretanto foi notícia durante bastante tempo por motivos pouco felizes, mas nos anos 80/90 a ver se Sarajevo não era um nome exótico?) levou a uma guerra entre a Alemanha e os outros (aliados). Alguém se lembra do dito Império? Alguém fala dele? Só nos lembramos que a Alemanha perdeu a guerra, que Portugal mandou para a frente em França meia-dúzia de gatos pingados, mas como fazia parte dos Aliados ganhou a Guerra, e pouco mais.

terça-feira, 8 de maio de 2012

PlayList #27



:)

A voz às crianças #7

R: C., posso dizer tudo o que eu quiser?
Eu: Podes.
R: Até mentir?
Eu: Sim, até mentir.
R: [sorriso largo que se vai desvanecendo] Ó... assim não tem piada... [algum tempo a pensar]... vou ter que dizer sempre a verdade então.



R.
Sexo Masculino
8 anos

domingo, 6 de maio de 2012

Hoje não é só dia da Mãe

É aniversário de casamento de papis.
39 anos de vida em conjunto, com todos os altos e baixos que 39 anos de vida em conjunto provocam.
Mas continuam lá, juntos.
São um exemplo, não obstante as zangas, as tristezas, os arrufos, as crises.
Porque para lá de cada zanga, tristeza, arrufo e crise, está a força de os combater, resolver, prosseguir e continuar a caminhar em conjunto.
Também quero igual para mim, se faz favor!

Diz que hoje é Dia da Mãe

Poderia escrever muita coisa acerca do dia, da minha Mãe, dos "dias de..." mas não o vou fazer.
A minha mãe não lê o blog.
Acabei de a deixar em casa depois de ter ido almoçar com ela.
Dei-lhe algo que ela precisa. Muito.
E logo ligo-lhe.
Como faço várias vezes por ano.
Na quarta vou levá-la a passear e acho que não é dia da Mãe.
Mas é o dia da minha Mãe. 
Assim como todos os outros.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ando a passar muito tempo na net...

... ao ponto de encontrar incongruências. Inadvertidamente.
Pois que há pouco mais de uma semana comprei "A queda dos gigantes" do Follet. Nunca tinha lido nada dele, precisava de um bom calhamaço (gosto de calhamaços e não lia nenhum desde a biografia do Mao) e ia uns dias para um spa, pelo que é só ler, nadar, banho turco, ler, jacuzzi, dormir, comer, ler, sauna, ler.
Hoje deu-me para googlar o autor e ver se o segundo livro da trilogia já foi editado ou se é coisa para demorar, visto este que comprei ser o primeiro de uma série de três e ser ainda bastante recente.
Deparo-me com reenvios para páginas de um blogger conhecido da praça por ser casado com uma blogger muito conhecida da praça. E lá fala o dito senhor acerca dos livros do Ken Follet, blablabla pardais ao ninho. Acabei por conseguir a informação que queria, pelo que foi de grande utilidade. No entanto, percebi que o tal livro ("A queda dos gigantes") em 2011 tinha sido comprado na feira do livro. Mas agora há duas semanas já tinha sido a sogra que ofereceu. 
Nunca teria apanhado isto (sou distraída e bastante) se fosse leitora assídua. Mesmo que fosse leitora assídua para dizer mal, admito (shame on me!).
Mas assim como a coisa me apareceu no google a incongruência clamou para ser apanhada.
E não, não tenho nada que ver com isso.
E é parvo é quem acredita em tudo o que as pessoas dizem na net.
Mesmo que seja acerca da origem de um determinado livro na vida de alguém.
Não interessa? Claro que não.
Mas deu-me uma razão "oficial" para achar o blogger fraquinho. Agora sempre posso argumentar: "ah esse que diz num dia que o livro foi dado pela sogra e no outro que o comprou na feira do livro".*


*eu sei que ele podia estar com a sogra na feira do livro e ela ter-se chegado à frente para o pagar. Mas não deixa de ter piada! Gosto que as minhas embirrações me dêem razões plausíveis para embirrar. Não que eu precise delas. Não preciso, de todo. Mas sabe-me bem,  que posso eu fazer? :)

terça-feira, 1 de maio de 2012

Short Message Service #40

Gosto de francês. Da língua. 
Sempre achei o francês a língua do amor.
Achava que era por causa das músicas do Gaisnbourg.
Mas se fosse por isso seria mais a língua do sexo.
Agora estou perdida. 
Não sei porque gosto do francês. Do Gainsbourg.